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Mostrando postagens de 2016

120 dias.

Não sei quais das nossas ideias, quem pensou primeiro. Só sei que há 120 dias aproximadamente... encontro na sua cara descarada, uma vontade de agradecer. Vou puxar um edredom, para o seu abraço e firmar moradia. Vou medir a extensão do teu colo e exigir usucapião*. * Usucapião é um modo de aquisição da propriedade e ou de qualquer direito real que se dá pela posse prolongada da coisa, de acordo com os requisitos legais, sendo também denominada de prescrição aquisitiva.

Sinto sua falta.

sinto febrilmente falta, de uma época inocente, que eu nunca realmente tive. Sinto sua falta. Sinto falta do seu abraço protetor que eu realmente nunca procurei. e se você me pedisse para fingir que nada tinha acontecido? e se você me perguntasse o que eu fiz para isso ter acontecido? Eu não suportaria. Eu te amo e as vezes quero a maior distância possível de você. Sinto sua falta. Daquele cochilo tranquilo e despretensioso no seu colo, que eu nunca pude tirar. Eu tinha que estar sempre alerta, sabe? Para te proteger, de você mesmo. O que eu fiz de errado? Eu te amo e as vezes desejo que você não exista.

Chão de terra.

As estrelas caíram do céu e foram repousar do nosso lado. Você me parece, estava agoniado, não percebeu. O calor do seu colo, banhado em estrelas, tornou-se meu lugar preferido. Tenho a impressão... onde pulsar seu coração, me sentirei em casa (maison). Meus nós foram postos a prova, o que outrora travavam minha garganta, e repare, paixão ... perderam o sentido. Inspiro, expiro. Encho o pulmão de ar, lanço o ar do pulmões para fora. O instante entre um e outro, é onde encontro minha paz. Não, sinto muito dizer, você não é meu tudo, minha paz... Esta eu encontro ao fechar os olhos um segundo. E o meu fechar de olhos, anda menos ansioso e mais tranquilo, quando escuto sua respiração ao lado. "Nem faminta, sem satisfeita" Gratidão.

Estupidez.

Sem discernimento, asneira. Eu não lembrava direito, mas quando lembrei veio então avalanche dos motivos. Amar verbo que denomina um exercício de liberdade, transformação e acolhimento. é um fato, é poderoso, é inevitável, assim como a morte. é ação de um foco para todos.  é respeitar a diversidade do outro. é elaborar o que essa diferença causa em você. é dar tempo para ir e para vir. é abraçar forte. é deixar ir. é contar uma história para dormir. é ficar ao lado em silêncio. é achar a melhor maneira de comunicar algo difícil. Enfim, é uma escolha diária pelo melhor cenário para todos. E não é possível embarcar nesta tarefa sozinho, você transforma e é transformado por tal fenômeno, existe quando acontece. Foi difícil compreender a magnitude desta ideia e a aplicação prática é sofrida, por que, por mais que eu queira não existe cristalização no amor. Não existe eternidade, nem nada do tipo. e as vezes isso acontece, as vezes o movimento cessa de u...

Aceite a Felicidade do agora!!!

Eita título de livreto motivacional!! Me perdoe, mas é que ao se dar conta do óbvio, por vezes no ponto cego da vida, dá vontade de gritar isso aí mesmo para o espelho....pequenos recortes travessos do cotidiano. Eis a questão em pauta: 1. Você vivendo um contexto que te faz feliz agora. 2. Você tendo essa construção confrontada com modelos em prática, na vida de outras pessoas. 3. Você vendo sentindo nos questionamentos trazidos e abatida pela sua realidade, mesmo feliz, ser diferente da do outro. Por que? Por que você já esteve no lugar de desejar aquilo. E por que identifica alguns sonhos, com alguns pontos expostos. 4. Lembrança de que não se pode ter tudo, do que se quer, do que não se quer. Revisão de convicções. Esclarecimento sobre dois pensamentos semelhantes porém diferentes em essência. Ter a lucidez que ninguém fica ao seu lado, se não quiser, que nenhum relacionamento tem a obrigação de ser eterno (seja por fim, seja por mudança de configuração da relação) , NÃO q...

Tolerância.

Só posso falar do mundo, através de mim. E acolher as identificações, que são dos outros. Cena 1: Intolerância, agressividade a partir dos anseios do outro, depositados em mim. Percebi na relação familiar, que muitas vezes baixei a guarda e alegando amar, me disponibilizei ao outro, além do meu possível. Expandi fronteiras, que percebo agora que não sustento manter, alguns muros derrubados foram de excelente valia, outros fazem faltas, ou deveriam ser substituídos por um limite menos agressivo, mas,  não menos claro. Não posso dizer sim, queria não ter que, dizer não. o talvez e a permissão, mastigam minha paz. Vomitam agressão. Saudades do silêncio, da solidão... da polidez de ouvir o convite, deixando à vontade a presença ou ausência na ocasião. Cena 2: Acolhendo a intolerância, me faz mal essa postura hostil, mas enxergo o processo. Faz parte deste, entender que a aversão e o posicionamento seco, faz parte de um permitir-se. Não PRECISO dizer sim sempre. POSSO le...

Fantasmas da porta ao lado.

Pense em alguém importante para você. Alguém que te ame, que queira seu bem, sua felicidade, vamos começar daqui. Disparou uma resolução, com aquele ar de quem sente uma intuição sobre o segredo da vida. Apenas sabia. E proferiu como aquelas profecias gregas, que por serem ditas e acreditarem nela, se cumprem. Levantou poeira sobre uma angústia que não era minha, mas foi me dada de presente. Hesitei em aceitar, mas com quem recebe um pacote indesejado, joguei para o canto dos pensamentos. No dia seguinte, mais um presente, palavras proferidas com aquele ar de quem já conhece muito da vida, "eu sei das coisas, eu já vivi", repeli grosseiramente, de que me serve essa insegurança que você quer me dar? Por que quer me dar isso? Então me deparo com o primeiro pensamento e percebo  que ele se espalhou perigosamente nas lembranças boas. Revisitei as lembranças boas, em busca de indícios de verdade no que ouvi. Não achei. E ainda me pergunto, por que quem nos ama, tem ma...

Azul ou Vermelha?

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Fechei os olhos. Tudo que construímos, acreditamos, nos faz vivos. Nos faz mortos. Não se renda, não se submeta, não sucumba a superficialidade. Resista meu bem, resista. Seja fiel a quem é você. Transborde de dentro para fora, derrame universo na vida. Não estão todos cegos, eles não conseguem mais fechar os olhos. Ninguém suporta sustentar a ilusão sem se entorpecer. Qual das pílulas você vai querer?

RAGDE.

Teu reflexo, alcançou meus olhos. E vi de relance o mar dos teus. Num momento íntimo, daqueles que achamos ninguém nos vê, espiei a ti. Da janela do carro, no trocar do semáforo, te perdi. Então lembrei de nós. De nosso riso, de nosso abraço. De nossa vontade de se encaixar no desejo do outro. Da dificuldade de encarar o espelho, e ver que não eramos o melhor para nós. Você sente saudade? Não, não sinto. Nossa lembranças boas, embora tenham acontecido, são feitos da matéria irreal das idealizações. Você era o terreno fértil que eu amava regar. e muito provavelmente vice-versa. E nossas contradições na encruzilhada se olharam e optaram... seguir para o outro lado.

Estou um cacto.

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"Para que um Cacto floresça de verdade, são necessárias condições muito específicas, nem sempre fáceis de serem reproduzidas." Um cacto. Eu quis dizer, sou um cacto. Mas ser é algo tão impermanente que decidir está um cacto. Como todas as outras pessoas, tenho espinhos, que brotam na necessidade de defesa das topadas inerentes ao processo de estar viva. Acredito que me adapto, não diria com facilidade, mas sim para sobreviver. Posso conviver pacificamente e ser uma boa companhia, no dias que passam, de sol ou de chuva, estarei ali, sempre mais ou menos do mesmo jeito. E posso estar no ambiente durante toda a vida dessa forma. Mas eis que "condições específicas, nem sempre fáceis de serem reproduzidas" floresço. E olha que pelo que sei de mim, sou uma flor bonita danada. Sinto um movimento gostoso em minhas raízes e nos meus espinhos. ] Sinto que preciso manter esse movimento, parte de mim e continua no externo...  e quando estiver flor de cacto, ...

Eu não estou pronta.

Queria virar as costas e começar a correr. Mas é que chega um momento, que mesmo não pronta, você tem a certeza que é possível, do jeito que for para ser e dizer "não consigo" já não faz sentido. Sua força é maior que a covardia, mesmo que o medo seja equivalente a coragem. Tudo isso que escolhi, estava previsto. Tudo que não estava previsto, sou capaz de encarar. Não sei se tudo sou capaz de suportar, não sei se é possível passar sem algum sofrimento, mas isso é um aspecto de estar vivo. "Vou desafiar você", a não cristalizar e manter o movimento.

Contrato Sócio-histórico-psico-nada-romântico.

Eu mudo, você muda. Nós dois mudos, eis o fim.  O que eu posso aprender? Quais são as outras formas de fazer? O que é mais importante? O "Nome"...ou... Construir uma outra forma de se vincular, pensando no que podemos aprender um com o outro. Comprometidos com o respeito a si e ao outro, usando conversa, diálogo e quando necessário for, reflexão sobre o passado.  - Preciso da segurança do comprometimento, para ir confiando. (Não dos nomes)  - Quero estar atenta as contradições que moram em mim e que observo no outro. O problema é cristalizar, no medo, na ansiedade, nos modelos. Eles existem e são intensos é preciso olhar-los nos olhos, traze-los para roda, entende-los  e aos poucos supera-los. Para me proteger, cometi a violência do tudo ou nada.  Sinto muito, é modelo antigo. Quero aprender outras formas. Por que esta é minha proposta de vida. (Por que não então, com tu?) Quero sentar e escrever um contrato Sócio-histórico-psico-nada-românt...

Felicidade Anônima.

Eu vi! Eu vi, um sorriso escondido nos 30 segundos vermelhos, em frente ao Shopping Center. Um sorriso que quase nasceu, e antes de ganhar o mundo, mergulhou no pensamento de algum momento que não vou saber nem, sequer se existiu. Um quase vislumbre da felicidade anônima de um dia cinzento na cidade do sol. Entre cabelos grisalhos, pés machucados, saltos surrados, mochilas pesadas, pernas cansadas, entre olhares e passos sem rosto da rotina de trabalho em Salvador, um sorriso nascia e saltava num triplo mortal para dentro do esquecimento... Olhei para os lados, na esperança de mais um cúmplice, tivesse presenciado o crime. No carro prata ao lado, alguém gesticulava enforcado no fio invisível do telefone móvel, do outro lado, no carro importado um vazio fumê me acenava de volta. Estava sozinha, mas não sabia se era testemunha única do ocorrido. E da embriagues temporária, fui retirada por uma buzina impaciente. Imprudentemente acelerei e após duas trocas de faixa e uma v...

Minha cama.

É quando nos entregamos aos sonhos, duas vidas vulneráveis, uma ao lado da outra. Dormindo, ora abraçados, ora encolhidos entre os dois mundos juntos e sozinhos. É uma imagem forte, é entrega, é carinho. É deixar gostar de dentro para fora. É estranho. Refúgio, abrigo, não sei se permaneço. É que quando você adormece, posso olhar-te em silêncio e imaginar histórias, onde não há medos, nem anseios, nem barreiras, onde eu grito o que quero, para todos ouvirem e não faz diferença. e ao acordar pela manhã, desejamos que nosso dia seja bom, partilhamos uma rodada de café, sem mais. é indecente viver esse lampejo, desse jeito. Levante daqui, já, sem demora! ponha -se daqui para fora. Não ouse dormir ao meu lado, não queres devorar o mundo? A pois, assuma e suma. Depois do acesso de fúria, fui mexer onde não devia, e vi então, palavras de amor, escritas por ti, para outro coração, de um tempo que o amor um pelo outro, era vivido. Me senti, com numa abordagem policial, destas vis...

Hábito.

Diálogo. é um exercício duro. No momento que abro para o outro o que penso, o que sinto, o que espero. Ação e reação é o hábito esperado. Ação, consciência, reflexão e nova ação. Isso exige tempo, prática, determinação. Por que fazer esse esforço?  Por quem fazer entrar neste movimento? Eu falo, corro risco.  Arrisco caminhar na direção oposto ao desejo. Eu calo, esvazio a realidade de verdade. Torno frágil o vínculo. Tenho uma penca de vínculos frágeis. Não preciso de mais um.

Semana nana.

Me solte, me largue, me deixe, me abrace. Vire as costas e saia correndo, sem olhar para trás, com o risco de virar estátua de sal. Estou tentando te dizer que vá embora (Pega na minha mão) Estou querendo te dizer que me esqueça (Alinha os olhos, nos meus) Amo as minhas mulheres, que me lembram quem sou o tempo todo. Segunda começou leve e melancólica. Terça já me furtou alguns sorrisos e um olhar perplexo. Quarta me deixou desconfiada, fujam para as montanhas! Gritei aos meus sentidos. Quinta estava exausta, dessa força sem sentido de manter tudo que está fora, fora, de conter o que está dentro, sem se espalhar por toda sala. Sexta ainda não sei. A rotina , depois da viagem , deixou de ser mala , virou roupa leve , que adere a calma .

Me espere voltar para casa, ou não.

Me espere voltar para casa, ou não. Cerrou os dentes no lábio inferior, determinada a não transbordar. Não ali, não naquele momento. Do avesso e nua. Quando sentou a primeira vez, ao primeiro gole de cerveja preta, estava do avesso. E com o passar dos dias, foi se despindo, sem jeito, as roupas e o ser. Abra seus olhos. Estamos do mesmo lado, em planetas diferentes. A porta, que nunca abria, estava escancarada. Ao olhar através dela, fazia cócegas em mim. Veja bem, chegamos tão perto, cegos. Entreaberta...se fosse o que você queria.

Carinho.

Carinho. É tão bom ter carinho consigo. Ler pausadamente as entrelinhas de cada gesto próprio. Perceber cada célula do seu corpo, vibrando num sentimento vívido do momento presente. É tão bom, ser honesta com você mesma. Anotar mentalmente o que te traz alegria, sem pretensão de ser feliz, ou de ter prazer, ou se nunca errar, ou de ser perfeita. Apenas com a intenção de ser. O que me traz alegria? Responder a esta pergunta de hora em hora, tranquilamente, com maturidade de se questionar, por que está agindo, ou está numa determinada situação, se ela não traz alegria para você.

Mergulho.

Fluído. De frente para o mar durante horas, ele vai e volta num movimento interrupto e eterno. O que há de mais antigo, desde que o mundo é mundo é o mar. Se você entrar nele, banhar-se nele, como quem boia e por um minuto, silenciar sua mente...vai ouvir a musica da existência. Nenhum poesia, por mais bela que seja, consegue descrever essa sensação com a profundidade que ela tem. O mar é o mesmo sempre, e também nunca, nem por uma fração de segundo está do mesmo jeito. Passei horas, olhando o mar. Passarei horas olhando o mar. Antes esperava respostas, depois brinquei de tentar suspende-lo com a força do meu pensamento, me concentrei nisso, com toda a vontade do meu ser. Para ser sincera, tenho a impressão de que levantei algumas ondas, para ser honesta, tenho certeza de que não foi feita a minha vontade. Sofro de um amor incurável, que me faz ver um mundo verde. Sofro de um medo incurável, que me faz defensiva aos vínculos. Eu mergulharia, sem ver o fundo, mas não gostaria ...

Sonho em processo.

A água do rio era turva e gelada. O sol atravessava a água e denunciava que existia mais para ver, ela já apalpava o fundo com os pés, só não tinha coragem de olhar. Uma criança pequena na margem chorava e resmungava que a moça tinha ganhado aqueles óculos para ver o fundo do rio, e ela não. Ela arriscava alguns mergulhos, mas tinha uma dificuldade enorme de abrir os olhos. Quando piscava, via algas, via musgo, via gravetos, via peixes e sombras. Tinha medo do que poderia ver. Muito medo. O tempo passou, ela saiu da água, a perna doía, se arrastou até a margem. Tinha cravadas no joelho, três unhas, de dentro para fora, feias, grossas, saiam sem dificuldade quando puxadas, deixando a pele aberta em pus.

Ceará Parte 1.

No primeiro instante em terras nunca antes pisadas por meus pés, de mochila nas costas, entramos no taxi de Seu Alísio. Nascido nesta terra e vivido boa parte da vida em São Paulo...voltara para cá ja aposentado. 3 filhos, duas meninas, já moças trabalhando, uma passou num concurso, a outra não lembro. O rapaz era o caçula, trabalha na área de Educação Física junto a noiva. Seu Alísio não gosta de dirigir, mas precisava trabalhar. Antes trabalhava embarcado. 15 dias no mar, 15 dias na terra. Achava que o povo daqui valoriza mais marca do que gente. No dia seguinte, conhecemos o Paulo. Baiano, criado no Rio de Janeiro e que hoje tem um estande de Rendas, aqui nesta terra. Ele desenha os modelos das saídas de praia e manda para a moça fazer. Fiquei sem saber quem era a moça. Nos contou que gosta de Salvador, tem parentes lá. Que a melhor hora para comprar passagem batata é quinta de madrugada. Que já aconteceu de achar uma passagem tão barata que foi tomar café da manhã com a irmã ...

Piscar de olhos.

Sobre existir, no instante que está diante dos seus olhos, sobre não poder prever o segundo seguinte, não..não.. sobre não querer prever o segundo seguinte. Sobre aplicar a teoria, e ver ela se moldar na realidade, um mar de possibilidades.  Sobre uma dor no centro, uma dor fundante, devoradora, que come violentamente tudo o que você é agora e deixa exposto, tudo o que você pode se tornar. Será que as lagartas, sentem essa dor, antes de serem borboletas? Será que os anjos que caíram sentiram essa dor? Será que isso humano?

Telefone - minha casa.

Me vi em frente ao telefone com o objetivo de fazer uma ligação. Não, não estava querendo marcar um médico, nem ligar uma operadora. Queria fazer uma ligação, pasmem, para conversar com alguém. Com uma familiar, com um amigo... conversar a moda antiga, sabe, com os sons que saem da boca. O primeiro número era de uma pessoa querida, que já não vejo a um tempo, fora da área de cobertura. O segundo, outra pessoa querida, com quem eu costumava a conversar sobre tudo, esse número não existe. O terceiro de uma pessoa querida, que converso pouco, mas que considero muito, ou assim achava, não achei o número na agenda. A quarta, por fim, era minha mãe mesmo, chamou! chamou, chamou... e ninguém atendeu. Desisti, mandei uma mensagem para ela no whatsapp e fui cuidar da vida.

Mulher.

Ela começou a correr. A alma corria um passo a frente dela, e ela sorria. Não mamãe, desculpe, eu não quero casar. Eu não quero escolher entre vestidos brancos, pueris, se o verde cai tão bem em mim. Não eu não quero brindar naquela tacinha fina, com champagne, se eu gosto mesmo é de pequenas doses de tequilas. Como posso jogar buquês, se prefiro cactos? Como percorrer aquele corredor e ser entregue de meu pai, ao meu pretendente, se eu sou minha e só minha? Eu quero de verdade é conviver, compartilhar, confidenciar e apoiar. Já me ensinou a fazer a vida inteira sem precisar casar, somos uma família assim, pois bem.... Desculpe mamãe, não quero casar. Quero ser família.