Mergulho.

Fluído.

De frente para o mar durante horas, ele vai e volta num movimento interrupto e eterno. O que há de mais antigo, desde que o mundo é mundo é o mar. Se você entrar nele, banhar-se nele, como quem boia e por um minuto, silenciar sua mente...vai ouvir a musica da existência.

Nenhum poesia, por mais bela que seja, consegue descrever essa sensação com a profundidade que ela tem. O mar é o mesmo sempre, e também nunca, nem por uma fração de segundo está do mesmo jeito.

Passei horas, olhando o mar. Passarei horas olhando o mar.
Antes esperava respostas,
depois brinquei de tentar suspende-lo com a força do meu pensamento, me concentrei nisso, com toda a vontade do meu ser. Para ser sincera, tenho a impressão de que levantei algumas ondas, para ser honesta, tenho certeza de que não foi feita a minha vontade.

Sofro de um amor incurável, que me faz ver um mundo verde. Sofro de um medo incurável, que me faz defensiva aos vínculos. Eu mergulharia, sem ver o fundo, mas não gostaria de mergulhar sozinha. Ficava a espera de uma mão corajosa, que mesmo sentindo o mesmo medo que eu tenho, mergulharia.

Isso era a até ontem. Hoje eu pulei.

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