Sobre amar a vida, primeiro capítulo.

Abriu os olhos, era cedo ainda. Os olhos inundados de sol, fecharam de novo.

Estava sonhando com você e não queria ter acordado agora. Tentou voltar a dormir mais três vezes. Fez birra com os lençóis. Realmente não queria acordar agora. Não teve jeito, o sol era convidativo, mesmo que ela estivesse desanimada. Levantou e foi se arrastando cuidar das responsabilidades. Após uma primeira rodada de afazeres, e algumas visitas inesperadas, desabou na cama de novo.

A mente cansada se recusou a sonhar no começo, sabia que se deixasse ela sonhar com você, acordar seria mais difícil, mas o coração não quis nem saber. E sonhou.

Acordou novamente, a duras penas. Tomou um banho, vestiu um sorriso amarelo, combinado com os olhos cansados. Precisava ser o mundo, ver a vida correndo nas veias, estava sufocando. Olhou para você na pequenina foto, te mandou um beijo e saiu. Não foi muito longe, mas se divertiu mais o que imaginava. Dançou, olhou em volta. As vezes tinha a impressão de ter você, olhando para ela e sorrindo em algum canto.

Sabia que esses sintomas demorariam a passar e não se incomodava em lembrar como seria o momento se você estivesse ali também.

O dia tinha sido um dos dias mais longos da vida.

Neste caminho Deus, borrifou gentileza, durante todo o dia. Foi um estranho na rua, que foi gentil, foi um casal que foi mais gentil ainda. Quase como um cafuné carinhoso que diz, siga em frente meu bem. Ainda há muito chão pela frente.

Com o coração mais leve, dormiu exausta.

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