Amor em vida. Segundo capítulo.

Fechou os olhos e sua mente se espalhou pelos mundos.

Ela aprendeu que é preciso ter medo. Medo do desconhecido, de não ser aceita, de não ser bonita, de não ser ouvida, de escutar demais, de deixar para trás e de levar consigo.
O medo foi por vida seu melhor amigo. O pior que podia ter aprendido, foi ter medo de acreditar.

O pôr do sol, conseguia ser lindo todos os dias, mas o medo dizia, isso é impossível.
Sua alma, acordava querendo dançar, rápido ou devagar, e fazer o melhor do momento presente, mas o medo dizia, isso é inalcançável.

Ah medo, meu doce e implacável amigo.

Um dia então, foi convidada e resolveu abraçar árvores, cheia de medo de tudo aquilo. E se eu gostar? e se fizer papel de boba? E se eu for chamada de louca? Depois de algumas árvores, abraços e entraves, pense qual não foi sua surpresa ao perceber qual era o maior de todos os medos?

" e se eu ACREDITAR? que ela está viva, cheia de energia, junto comigo e com todo o resto do universo?"

Foi neste dia, alguns momentos mais tarde que ela fechou os olhos e se espalhou pelos mundos.
Nasceu de novo, este foi seu batismo.

Sou grata.


Este texto é dedicado à Elda Meir, que me fez o convite insano para viver de verdade. À Elma Salete que inspira em mim muito amor. À Fábio Shiva, que talvez mesmo sem saber, me fez crer, que é possível. 
E por fim ao meu amigo medo, estamos transformando nossa relação.

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