Prelúdio de um voo, Dois.
a autopiedade é como um bolo que você gosta, só que doce demais. Demais da conta. Daqueles que você continua empurrando para dentro, e não sabe como suportou o primeiro pedaço. Se terminar de engolir tudo com uma coca cola então, pronto! Pode prostrar-se e morrer, sendo vítima do tédio.
Dito isto, preciso te contar uma coisa. Tinha medo. Subi no alto de uma montanha verde, quando o sol já beijava o mar e pulei. Tive todas as certezas, que se podia ter ao pula do alto da própria vida. A certeza que ia cair, que espatifar me, que sangraria sozinha até morrer. Açúcar demais no meu bolo, como pode-se ver. A eternidade de segundos antes da superfície fria, me fez olhar em volta, mais uma vez, de novo e novamente. Redundante e óbvio? Como respirar, que deveria nos lembrar a cada segundo, que divinos somos.
A muito mais vida, que livros para ler, que ciências para conhecer, que lágrimas para chorar. Só hoje, recebi tantos sorrisos de desconhecidos, só por ser educada, ou gentil, ou eu.
Quando o corpo finalmente chegou ao trágico destino, o chão não me segurou, ou me transformei em algo, ou o mundo abandonou as leis da física. Pois o que houve, caro amigo, é que mergulhei dentro do mundo e saí do outro lado. De um lado, onde eu consigo respirar e ter um pouco mais de paciência, do lado que não é ensaiado, ou camuflado, ou fingindo. Saí do lado das pessoas que querem viver de verdade.
Vem comigo?
https://www.youtube.com/watch?v=ZDiwtWRFseg
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particulas de poeira...