ora, ora, ora

a tristeza tem um nome, um corpo, um sorriso. E não faz parte da vida que segue, só deixou a tristeza abraçada na saudade. Às vezes parece que não há freio, que em algum momento, tudo que corre sem destino vai desmembrar-se e voar.


Num quartinho com potes de tintas e algumas folhas de poesia, me prenderia de bom grado, prisioneira da paz que só a solidão proporciona.



Para sempre não é tempo demais? para quem sente saudade?

Quando se escolhe viver intensamente, você ganha uma alegria encantadora para os momentos de felicidade. Algo mágico que mal cabe dentro da gente. É difícil descrever tamanha empolgação, só mesmo para quem sente. No entanto todo yin tem seu yang, a tristeza sentida por essas pessoas é igualmente extraordinária. Um mistura doce e poderosa de tristeza sentida em cada pontinha do ser. Assim como não recusamos a alegria, não podemos recursar a tristeza, deve-se acolher e vivenciar toda sua existência que é passageira.

Sempre passageira, a condição temporária da tristeza e da alegria é tão certa quanto a morte.

A mágica que alguém assim espalha é tão devastadora quanto à tristeza que a cerca. Escolher amar alguém assim é nem sempre entender, mas sempre que possível, estar lá. Mesmo que em silêncio.

É muito duro, olhar nos olhos de alguém e ver que aquela pessoa quer fugir da intensidade do seu ser.

É muito ruim, ver todo um carinho investido, ser apunhalado e transformado numa indiferença glacial. Cair nesta faixa, de indiferença glacial é um azar para poucos, porque tendemos a acreditar nas pessoas, mesmo quando elas não acreditam em si mesmas.

Isso costuma ser bem cansativo. Acreditar em alguém, no potencial mesmo quando tal pessoa não enxerga isso. Mas nada como um dia após o outro né?