De todo modo, obrigada.

o primeiro choro foi desespero, olhou o futuro pela borda com olhos marejados e não viu nada.
DESESPEROU-SE em letras garrafais, esqueceu por um segundo que o futuro era aquilo mesmo, nada de que pudesse ver.
O segundo choro ela já esperava que viesse, e veio. O plano era nem tocar, mas tocou, abraçou, sentiu uma saudade socar-lhe o meio do coração, a dor veio aos olhos no mesmo instante. Saudades daquela que a gente sente e sabe que vai continuar sentindo. Saudade do que não tem volta.

Ela enxergava tudo de um jeito muito diferente agora, acordou de um sonho bom, mas puramente sonho. Quase se sentiu triste por permitir que aquele sonho iludisse sua realidade daquela forma. A rotina, a casa vazia, o silêncio, nossa ela tinha medo.  Sabia que ainda choraria muito, sabia que ainda abraçaria o travesseiro sozinha, não se sentia pronta, mesmo estando.

O coração esmagadinho, lhe tirava o ar em alguns momentos, não se morre de amor.
Amor nunca mata, ou magoa. Amor ensina, mesmo que a lição seja difícil.


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