Armadilha.
Era sublime, eterno, belo...
Só que não era. A vida costuma ser que nem língua de
gato, a lambida era para ser um carinho, mas a superfície é áspera como uma
lixa.
Pelo corpo no momento de antes, passou um raio de
raiva, a mão tremeu, a respiração custou a normalizar. Olhou o guarda roupa,
vestiu um sorriso amarelo, por que o radiante estava na máquina de lavar.
Dobrou com cuidado as mágoas, enrolou elas na raiva a comprimiu dentro de um
bolsa brilhante minúscula.
Subiu no salto, só que não estava pronta. Nunca esteve
e sabia disso.
No momento presente, sentiu que o mundo não tinha
acordado tão colorido como antes. As mágoas desbotam o verniz da alegria de
viver. Algumas vezes, o dano é irreparável. Era impossível querer parir no
outro, o outro que se quer. O seu refúgio de tudo estava nos versos e letras,
sozinha e ela quase tinha esquecido isso.
Alguns reparavam, outros não. Azar...
De quem?
A maioria quer Cama. Grande parte quer fama, poucos
querem paz, menos ainda querem amar.
é bem verdade que quero olhar as estrelas, e quero
fazer isso sozinha.
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particulas de poeira...