A noite


Ela rasgou a pontinha da tarde
Na esperança de aparar um pouquinho de noite
Mas a noite escorregava muito lenta
Um punhado de medo arranhava a garganta
Daqueles que engolimos quando estamos diante de algo  bom

O sono escapuliu pela fechadura
Deixando-a sozinha no quarto
Sozinha de sono e de vida

Ela encolheu com  medo de estar com medo
De novo


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