corra que é isso mesmo

o vento e o abraço inesperado bagunçou todo o cabelo. Primeiro um grito do pensamento, tão fútil, a preocupação de ter as madeixas fora do lugar. A maciez e o aconchego do abraço a fez perceber o que era de fato importante no momento. Então ficou cega da monotonia que estava mergulhada e percebeu que o segredo era justamente esse, era isso que ela amava... O ABRAÇO. Do que adiantava querer pensar mais em si mesma, tentar de forma egoista cuidar de si, se o que lhe fazia bem, era fazer o outro bem no abraço? De que adiantava tomar guaraná se o refrigerante que lhe agradava o paladar era Coca? óbvio não precisava se afogar em Coca, até porque tudo demais é sobra, mas admitir o que se é, é melhor do que admitir tentar ser a todo custo uma outra coisa.

Seu reflexo na janela além do abraço não era realmente um rosto deformado, estava apenas fora de foco.

Comentários

  1. Poxa... O final tá a melhor parte.Quando você começou a falar de Coca-cola. O ultimo paragrafo tá bem poetico.

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particulas de poeira...

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