Para as minhas mulheres:
mais de uma vez experimentei tão grande sofrimento ao olhar para mulheres que ajudei, na época e que enquanto eu caminhava para minha fogueira, guilhotina ou forca, nada fizeram.
Elas apenas me olhavam. Em alguns momentos gritei e chorei, os homens deduziam que meus gritos eram de arrependimento ou desespero, mas eram puramente da dor, de saber que eu precisava nas entranhas de ao menos um abraço das minhas irmãs e ao mesmo tempo entendia que elas me estendessem a mão, teriam o mesmo fim que eu.
em outros momentos, me mantive altiva, repetindo para mim mesma que era forte e que me bastava, ciente que se elas estendessem a mão, seriam decapitadas junto comigo, ressentida de me sentir tão sozinha, mesmo que tenha escolhido ajuda-las sabendo dos termos e dos riscos.
Ajuda-las a sobreviver aos seus homens. A curar com a bruxaria as feridas do corpo e da alma.
e por essa escolha, fui privada da maternidade tantas vezes que terminei por renuncia-la. Uma renuncia tão profunda que nesta vida, meu corpo dificulta a gestação para mim, funciona num tempo diferente.
Depois de tudo isso, nem consigo expressar o que carreguei de ressentimento em relação aos homens.
mas tanto a maternidade quando ao homens fazem partem de um outro capítulo desta história.
Devo dizer que me lembro dos dias felizes que vive com minha família, numa cabana lotada de ervas medicinais. Brincando com os filhos na bancada, sendo profundamente amada por um homem em que confiava. Sim, foram muitas, muitas vidas antes dessa.
A questão é que eu sou profundamente grata a vocês. Depois de todo esse tempo, de tanta coisa que vivi, de achar que estava sozinha nas eras, vocês retornam ao meu lado e estão me ensinando agora novamente como é ser amada e protegida pelas mulheres, pelo feminino. Estão me ajudando a sustentar meu lugar de sagrada e de poder.
Cada uma é tão magnífica. Amazonas que fazem com que eu me sinta de volta em casa, a primeira casa.
Amo nossa existência e sou grata.
(relato de muitas vidas e da realidade de agora)
Elas apenas me olhavam. Em alguns momentos gritei e chorei, os homens deduziam que meus gritos eram de arrependimento ou desespero, mas eram puramente da dor, de saber que eu precisava nas entranhas de ao menos um abraço das minhas irmãs e ao mesmo tempo entendia que elas me estendessem a mão, teriam o mesmo fim que eu.
em outros momentos, me mantive altiva, repetindo para mim mesma que era forte e que me bastava, ciente que se elas estendessem a mão, seriam decapitadas junto comigo, ressentida de me sentir tão sozinha, mesmo que tenha escolhido ajuda-las sabendo dos termos e dos riscos.
Ajuda-las a sobreviver aos seus homens. A curar com a bruxaria as feridas do corpo e da alma.
e por essa escolha, fui privada da maternidade tantas vezes que terminei por renuncia-la. Uma renuncia tão profunda que nesta vida, meu corpo dificulta a gestação para mim, funciona num tempo diferente.
Depois de tudo isso, nem consigo expressar o que carreguei de ressentimento em relação aos homens.
mas tanto a maternidade quando ao homens fazem partem de um outro capítulo desta história.
Devo dizer que me lembro dos dias felizes que vive com minha família, numa cabana lotada de ervas medicinais. Brincando com os filhos na bancada, sendo profundamente amada por um homem em que confiava. Sim, foram muitas, muitas vidas antes dessa.
A questão é que eu sou profundamente grata a vocês. Depois de todo esse tempo, de tanta coisa que vivi, de achar que estava sozinha nas eras, vocês retornam ao meu lado e estão me ensinando agora novamente como é ser amada e protegida pelas mulheres, pelo feminino. Estão me ajudando a sustentar meu lugar de sagrada e de poder.
Cada uma é tão magnífica. Amazonas que fazem com que eu me sinta de volta em casa, a primeira casa.
Amo nossa existência e sou grata.
(relato de muitas vidas e da realidade de agora)
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