Eu acredito, acredito.

Eu vi e vivi, história no mármore, eternizada diante dos olhos.
Eu engoli o ar frio, e senti meu coração tremer sozinho.
Eu amei existir e me re-apaixonei pela vida. De novo. Como em todo novo ano.

Senti a certeza a minha morte e foi tão bom.
A sensação livre que a consciência da impermanência  no mundo, possibilita para gente. Só é real, aquilo que você vive exatamente agora.
E x a t a m e n t e.

Eu não aceito mais, só porque me é oferecido.
Não aceito mais as migalhas dadas de bom coração hoje, só porque pode ser que eu não tenha pão amanhã.
Nunca passei fome, e o futuro é um risco. Sei disso.
Mas quando a vida oferecer o melhor, eu vou degustar e aproveitar o privilégio disso.
Olhando para os lados, procurando ferramentas, para que todos possam degustar comigo.

Não ofereço mais sacrifícios, meu corpo já oferece sangue ao mundo.
Ofereço o que há de melhor em mim, ofereço a humildade de saber que sou apenas diferente, nem melhor, nem pior.

Não abaixo a cabeça, só me curvo se for para beber água, ou em sinal de gratidão.
Escrevo aqui os "nãos" por que o sim, é prática de vida.


Vem, seguro tua mão até você dormir.




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