esquetes passadas.
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A cova da raiva.
Perco a paciência,
O rastro,o tato que afaga.
Fico cega de raiva...
Irada,possessa, sem graça.
Explodo por dentro
Com olhar escuro,
Semeio silêncio.
Passada, lotada de desejo
Sentir nos meus dedos,
Esmigalhada a fala mansa ousada,
Sem receio do flagra.
Pesada, a fala cava e rega
Com sangue no olho
A semente da mágoa.
Pois,segue calada.
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Joana olha insistentemente a cozinha, um clima de amor frio impregna a sala. Tento escrever e escutar uma música ao mesmo tempo, impossível. A música é daquelas que tem que ser ouvida, devorada, sentida nos ossos e no coração. O vento na janela deixou de sussurrar e agora grita no silêncio da casa vazia. Marvin e Joana conversam no tapete, se embolam um tentando imobilizar o outro numa paz absurda, num conflito sem briga, sem raiva. Joana mais cedo achou a dobra do meu joelho um lugar confortável para dormir. Cochilamos juntas, coisa rara afinal.
Hoje foi um dia de sorrir, de sonhar, de ser pássaro. Fazia tempo que minha alma se sentiu tão leve.
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A gente acorda embolado, sem saber onde começa um e termina o outro. Olhando ao redor meio sonolenta, acho meu início e minhas reticências, me junto e levanto. Ele ainda deve sonhar comigo por mais uma hora. Distraída enquanto leio, recebo um beijo de bom dia, daqueles que duram o tempo necessário para a gente começar a rir, querendo uma pausa para respirar. Que a semana comece!!
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Uma oração.
Ela estava encharcada de música, sua respiração profunda se espalhava e a conectava com tudo. Um instante tão breve...estava perdendo a prática. Me abrace minha mãe, me permita o resgate!
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A felicidade gritou tão alto, que acordei seis da manhã. Escandalosa, eu queria dançar e aproveito enquanto dá.
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ao seu lado..
estudar,
cozinhar,
sorrir,
chorar,
amar.
Sem você...
estudar,
cozinhar,
chorar...
o chocolate anda sem gosto, o vento não bagunça de um jeito engraçado o meu cabelo. O almoço todo em uma colher, fome mesmo não existe.
Caminhando, para ver se uma hora cai e sente finalmente alguma coisa...
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De pó em pó, em panos sujos de poeira, a vida dela segue, uma hora dançando na frente da outra. Os sonhos passam que nem filmes, películas leves de bolhas de sabão na beira da pia. Pinga o suor com cheiro de rotina. Fede a falta de educação alheia, que polvilha o lixo pelo caminho do ganha pão.
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particulas de poeira...