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“A criação crua, contém sempre muitos erros e refletindo que se restaura e sua forma original, nunca vista antes.”



Apostou corrida com a própria alma e percebeu que por dó, a alma permitiu o empate. Ela percebeu que já fazia algum tempo que estava oca, oca de si. Vazia tentava, agir no mundo através da força de quem ela era. Ou é? Dependia dela e de quanto tempo mais permaneceria vazia.
Sua essência estava irada, durante a madrugada acordou ela aos berros, gritos surdos vindos de dentro, de fundo, muito profundo. Quem sou eu? Onde estou?
Seguindo oca, do jeito que estava, era impossível exercer sua existência, como deveria.
Ela era uma Restauradora.
Desde de pequena, restaurava a alegria com uma palhaçada inocente, já havia restaurado, corações partidos, amizades rachadas, auto-estimas arranhadas, confianças inteirinhas todas trincadas, ela já restaurara.
No entanto o restaurador tem de ter sua essência cheia de vida, afinal é com sua energia, sua luz e beleza tímida que uma alma restauradora, preenche e rejunta as fissuras alheias. Como poderia restaurar alguma coisa, se ela estava partida e sua energia escorreu em algum canto?
Um espaço vazio de luz é escuridão.
Ela tentava em vão, ajeitar a vida no escuro e isso tornava tudo ainda mais difícil. A alma durante a corrida que apostaram, soprava os ponteiros do relógio acelerando-os, o tempo inútil corria desafiador.

Até quando você vai escolher não ser? O tempo já vai triste, seguindo sozinho na frente.

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particulas de poeira...

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