Aprendendo.



Sentada olhando a tarde passa de bicicleta, ela pensava com carinho no passado.
Sentia falta dele em sua vida. Do sorriso, dos planos, do abraço.
Queria tanto que aceitasse suas desculpas, que perdoasse.
Eis que ele entrou e pediu um  açaí. Ela nem acreditou, viajou para longe para pensar na vida e ele estava lá. Os olhares se encontraram, ela indicou a cadeira, conversaram.
O desconforto inicial passou e conversavam, quase esquecendo as mágoas que provocaram um num outro. Era tão bom, estar ali.
Passearam de mãos dadas, riram,  em um momento que o sol foi se escondendo sob as águas, chegaram tão perto um do outro que se beijaram. Ele parecia o mesmo, ela parecia a mesma, presos num instante do tempo.
Mas não eram.
Foi ficando tarde e o sonho chegava ao fim, não era daqueles sonhos que acordamos querendo que vire realidade, era um sonho que você acorda feliz por ter sonhando e por ser apenas um sonho.
Prolongar aquilo magoaria todo mundo.
Ela percebeu, que tinha aprendido a lição.

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