Trezentos e sessenta e cinco dias - Dia 01.


Este é o primeiro instante de autoconsciência.
Nem sei ao certo se esta expressão está correta. Está consciente de algo, consiste em ser consciente de se sobre este algo.
Hoje o dia foi perturbador, um misto de preocupação, com mal estar e cansaço. Nem descansei por completo, nem atuei por completo, presa em uma lá em cá, insuportável.
Petrificada dentro da mente, tentando descobri o  motivo de tanta angústia, olhava para os lados e nada se pronunciava como culpado, até avistar um espelho. Eis a solução. Meu ser é muito vasto e amplo, não dá para me medir em centímetros, ou metros. Estou na casa dos hectares, de onde só ocupei de mim alguns metros quadrados.
E caminhando um pouco além da cerca que fiz no terreno, descubro que são minhas outras terras que ecoam um vazio que me incomoda. É preciso desbrava-las, capinar mais alguns metros e redescobrir meu jardim.
Há pedaços de mim, pura mata selvagem onde não me atrevo a mexer, não por agora. Mas há pedaços abandonados, que precisam urgente de cuidado especial.
São nestes que vou cutucar.
A certeza da necessidade do movimento, não brotou em mim , apenas acordou.
Para onde eu estava indo mesmo? A que preço, em que dia?
Hoje começa um exercício, para reconhecer, os outros hectares de mim.

Primeiro passo, aprender sobre fotografia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobre o para sempre, quando termina.

Eu fico chocada comigo mesma, constantemente.

Considerações iniciais