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Mostrando postagens de março, 2012

Alana e a cidade sem nome.

Comi um prato com melância E um punhado de uva, Sonolenta a segunda feira me espreitava: “você vai trabalhar ou fazer poesia?” Eis que lembrei da cidade de ladeiras Aquele que não falamos o nome, Aquela onde eu comecei a existir mesmo antes de nascer. Ladeiras e morcegos que comiam bananas! Meu Drácula da infância era vegetariano. Forte mesmo era o cheiro de cacau, Que não me lembro, Roubei tal lembrança de minha mãe, nesta manhã. E hoje ainda hoje e daqui para frente, Sou menina de trabalho E mulher de poesia. E agora ao invés de procurar... Fabrico Felicidade! Dedico esse poema a minha família eternamente amada.

A noite

Ela rasgou a pontinha da tarde Na esperança de aparar um pouquinho de noite Mas a noite escorregava muito lenta Um punhado de medo arranhava a garganta Daqueles que engolimos quando estamos diante de algo  bom O sono escapuliu pela fechadura Deixando-a sozinha no quarto Sozinha de sono e de vida Ela encolheu com  medo de estar com medo De novo

A menina e o Tempo.

É interessante como a vida passa diante de nós fluindo sem avisar quando vai mudar de rumo... É como se fosse as estações do ano, na verdade há previsões, mas nunca certezas entre dúvidas e incertezas, semeamos oportunidades... oportunidades estas que nos levam a nos questionar   qual o caminho que leva a felicidade? E o que é a felicidade?  Pergunta a menina ao tempo. de Tamires Assis e Alana Sousa

Um elefante incomoda muito gente.

A febre não passou. Em verdade, aumentou desde o ultimo minuto que avistei-lhe a sirueta. Estava tensa, inquieta, todos os desconforto que só um coração apaixonado pode proporcionar. Ela amava ficar apaixonada. Isso a metia em grandes confusões. Sentou-se quieta, como quem senta a espera de passar a chuva. Uma chuva torrencial de emoções, toda encharcada sob um semblante calmo e concentrado. Um misto de alegria e desejo. Queria assaltar um beijo. Queria tanto. Vixi.

Colorida Diversão

É divertida a ideia de te encontrar, Imaginar que já nos conhecemos Como velhos amigos, Cumplicidade de sorrir de olhar para olhar. Nunca nos vimos mais gordos, Como diriam no popular E antes de ver seu sorriso, Meu estômago não era abrigo de borboletas. Paixão? Não se engane meu caro, Apenas a adrenalina de aventurar-se Na busca.

(In) Reais

Os peixes de vidro eram os grandes juizes. Quem merece viver. quem merece morrer... de fome. Os peixes de vidro fingiam Ser felicidade. Brilhavam ao sol, cobiçados, amados, essenciais ao concreto. Os peixes de  vidro afogavam a liberdade. O peixe de vidro, nada. Quem desfigura tudo é o Homem.