Corra.

É difícil não parecer dramática ou ridícula quando tento fazer as pessoas compreenderem que elas têm o que necessitam para realizar seus sonhos.

Romântica, utópica? Certo me chame do que quiser, eu digo Poderosa! Com um sorriso bobo. Essa semana eu me vi dando o seguinte conselho (e não vou dizer a quem): “não se engane, a vida não será sempre cor de rosa e um dia esses sonhos essa forma romântica de ver o mundo vai precisar de um pouco mais de severidade.” Simplesmente não acredito que depois de ter vivido até aqui eu disse isso a alguém. Hoje depois de assistir “Flipped” e “Quase famosos” eu percebi que disse isso porque EU deixei para trás muito do romantismo do qual eu era feita. E aos poucos para não me sentir isolada fui me tornando uma dessas milhares de pessoas figurantes que você conhece. Para fechar com chave de ouro eu só preciso de uma escova progressiva( nada contra quem faz uso, está é uma observação da MINHA história pessoal com meus cachos, certo?)
O fato é que vi tanta gente fumando esses dias, certos de estarem livres e de viverem intensamente. É estranhos, perceber que todos os estranhos são como nós, você só precisa chegar um pouco mais perto.

Num outro trecho de conversa com uma outra pessoa, percebi que nosso olhar sobre o futuro radicaliza nosso presente, mas o tempo todo estamos nos distraindo desse futuro que já é parte de nós. Sentimos uma falta de algo, que preenchemos com qualquer outra coisa, QUALQUER OUTRA COISA, que não um momento de reflexão sobre o que está faltando. Não gosto de criticar os vícios de ninguém por mais estúpidos que eu os ache. Eu tenho os meus, o meu preferido é coca (- cola, não vá pensar bobagens) e percebo que virou um vício por que EU permiti. As pessoas diziam que eu era viciada e eu fui abraçando a idéia, estou nervosa “preciso de uma coca” estou com sede, estou ansiosa, “preciso de uma coca”, comecei a precisar até sem vontade, para afirmar meu vício. Essa semana escutei também algo do tipo “você não fuma? Nossa. O que? VOCÊ NÃO BEBE? Você não é desse mundo!” Detalhe eu estava na porta de um show de rock a noite. A pessoa só faltou me dizer “o que você está fazendo aqui? Sai fora, aqui não é o seu lugar” Então me senti com 15 anos onde eu precisava estampar em mim tudo que eu gostava para fazer parte de uma tribo. Situação essa que nunca me encaixei, um dia eu ia toda de preto, outro dia eu usava brincos com as cores do reggae e todos me perguntavam por que eu era assim estranha... Você cresce e tudo isso continua, mas a gente nem percebe (ou tenta não perceber).


Que falta é essa? Você pode REALMENTE culpar alguém por estar sendo alguém diferente do que você pensou em ser? Ou Pior você realmente acredita que a culpa disso é de alguém? O que te impede de começar a fazer um pequeno movimento, fazer a energia fluir em direção daquilo que você realmente quer? E o que interessa se que você quer não parece fazer sentido para outra pessoa?

Um sonho, Um amor, são atemporais. São como amizades verdadeiras, que só pode receber atestados de verdadeiras depois de anos. Muitooos anos. Sabe esse amigo que você conhece há 10 anos? Ele é uma amizade verdadeira? Você pode dizer que é, mas isso só deve se comprovam talvez em 50 anos. Sabe o que a torna verdadeiramente real? A decisão que você toma hoje e todos os dias em relação a essa amizade. E mesmo depois de 10 anos sem se ver, vocês se encontram, sorriem, conversam e o tempo que passou não desgastou nem deixou vocês desconfortáveis. Isso é com amizades, com o amor, com os sonhos. Levanta meu bem, toma um banho, se veste, coloca um sapato confortável e vai atrás dessa pessoa maravilhosa que pode ter se confundido no caminho. Vá atrás de você.

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