Tudo, Tudo vai dar certo.

tudo vai dar certo...


a dor consumia algumas partes, o frio consumia outras, o desejo consumia o resto.
um véu fino de água se alastrava pelo chão, tinha febre e estava toda molhada agora. Quase fervia.

segurava uma colher, bravamente resistia ao impulso de joga-la longe, para que o ar vibrasse com o barulho de algo quebrando. Sempre cautelosa, quase louca.

Queria sentir a carne amaciar em seus dentes, queria limpar um pouco de sangue do canto da boca, queria ver os vasos romperem numa mancha roxa na pele.

O ar que precisava para viver não cabia nos pulmões.
Fodam as boa maneiras, deixem as descabeladas, suadas, sem roupas, rasgadas.

Segure os cabelos da cautela, ate ouvir um espamo de prazer. Depois exaustas que descansem na beira do mar. Banhem -se na poeira d'água.

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particulas de poeira...

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