Nenhum anjo na janela.


A carne é crua, a mulher está nua, a menina apenas observa.

Essa febre que não passa, esse suor que escorre é a face mais feroz dela.
o coração engasga com aquilo que ela come.
São os homens enfadonhos, tristonhos rasos, é covardia arde de agonia e sumir a luz do dia?

A lua ilumina o rastro que ela deixa, minguante se perde na escuridão suspirante, a falta de luz ou ela? Como um lobo no alto de algum lugar ela só pode correr o risco de amar de lua em lua cheia. Seu amor é áspero, escasso, nem todo ser pode suportar ser amado dessa maneira.

Cínica, cadela finge que não vâ o mundo condenar esse jeito devasso de se alimentar da alma alheia.

Segure mas não prenda, morda mais não sangre, a paixão que consome anônima confunde.

O amor no momento menina, meu anjo, é inalcançável.

Comentários

  1. Uhu! Deu até medo... "esse jeito devasso de se alimentar da alma alheia" Brutal demais!!!

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