Esse Medo

Tenho, medo da liberdade.
Medo de ser livre das dores que me limitam,
Medo de sucumbir aos desejos que me revelam,
Medo de provar que a culpa é minha.
Medo de viver a vida que quero e deixar de viver a vida que vejo que não funciona, mas ao menos parece mais segura.
Medo de desvendar tabus, e ser livre das minhas próprias grades.
Sabe o que penso, que viver desta forma seria como o sonho, as vezes vislumbro que é possível e tenho medo. Se eu for tão leve e tão livre que nao puder me conter, o quão alto chegaria? e qual devastadora seria a queda? e eu sobreviveria? ou enlouqueceria?
que medo é esse que me abraça? esconde de mim a visão do mundo, sob a justificativa de me proteger do sol? Esse medo, é meu.

Comentários

  1. Ao ler seu texto, lembrei de partículas que me marcaram ao ler "Qdo Nietzsche chorou"...
    *"É claro que vc sofre, é o preço da visão. É claro que vc sente medo, viver significa correr perigo. Torne-se rijo!"
    *"-Essas perguntas... vc sabe a resposta. Não, não escolhi! Não, não vivi a vida que queria! Vivi a vida atribuída a mim. Eu, o verdadeiro eu, fui encaixado em minha vida.
    -E isto é a principal fonte de sua angústia. Aquela pressão precordial... é pq seu tórax está explodindo de vida não vivida. O tique-taque de seu coração marca o tempo que se esvai. A avidez do tempo é eterna. O tempo devora e devora, sem dar nada de volta. Que terrível ouvi-lo dizer que viveu a vida que lhe foi atribuída! E que terrível encarar a morte sem jamais ter reinvidicado a liberdade, mesmo em todo o seu perigo!"
    E por fim... "É PRECISO TER CAOS E FRENESI DENTRO DE SI PARA DAR À LUZ UMA ESTRELA DANÇANTE."

    Minha pequena filósofa. Gosto de vê-la inquieta, questionando, indagando... todos temos medo, mas não para sempre. E a paz sempre chega após a tormenta. O segredo está no amor. Por tudo, em tudo, e antes de tudo a nós mesmos. Amor bem grande, assim como o meu por ti. (Dinha)

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  2. Não, esse medo não é seu é de milhões de pessoas, inclusive eu. Conhece a metáfora do sapo que é colocado numa vasilha, vão aquecendo, ele acha gostoso, e vão esquentando até que ele morre cozido sem sair da zona de conforto? É por aí.

    Alguns texto seus me provocam uma identificação a exemplo dos de Clarice Lispector. É conseguir colocar em palavras o que nos vem na alma e no coração.

    Mas como nos livramos desse medo que nos paralisa? Espero que descubra até para ajudar seus futuros pacientes... Elma

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particulas de poeira...

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