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Mostrando postagens de novembro, 2009

Ella

a lua ja brilhava alto quando ela parou de digitar. Seus olhos ardiam, a fome socava ferozmente seu estomago. " sempre exagerando, né Ella?!" era o que sua mãe diria se a visse assim. Esticou pernas e braços pensando que a única combinação comestível na casa seria cereal com iogurte. O chão estava frio, descalça ela pisou numa poça de água no meio da sala, sorriu sozinha- a chuva na praia foi mesmo violenta molhou até minha sala! -enquanto misturava o ceral ao líquido cremoso e rosa, distraída ensaiou cantarolar a canção da cena que tinha acabado de escrever, Ella nem percebeu quando o que ouvia, não era mais ela que cantava e sim uma canção presente no ar. Comia lentamente, com olhos vagos escutava a hipótica canção, ao se deparar com o prato vazio, percebeu que de fato a cançã estava ali, abafada! Correu até a janela apenas a tempo de escutar ó som diluir no ar.

Seria o óbvio, uma Sereia, Será?

Ele tinha caminhado o dia inteiro. O mais longe que conseguiu alcançar foi a beira do mar. Ali acaba sua jornada, será? A areia já esfriava, a água levemente morna dançava em ondas tímidas, debaixo do céu estrelado. A lua fina, não imperava esta noite, para quem visse de longe, além das estrelas o que brilhava fracamente era o sujeito estirado na borda do mar. De braços abertos, olhando para o véu rosa-roxo, que ia escurecendo aos poucos, ele adormeceu com o carinho das ondinhas no peito do pé. Sonhou com um pingo que veio suicida das nuvens invisíveis da noite, morrendo no meio do peito. Mas o que começou um suicídio solitário de uma gota, revelou-se um temporal de gotas grossas e raivosas que desmachavam-se no corpo do nosso ninguém sonhador. Elas sem saber aliviavam a dor daquele corpo cansado, quase como uma massagem divina e como já não estivesse maravilhoso este sonho, agora uma canção impregnava seus ouvidos e o cheiro de mar ficara mais forte. Do lado de fora dos sonhos do rapa...

Talvez não escreva nada que valha.

eu já nem sei o que andei fazendo com a parte de que é paixão. Hoje estou tão tomada pela parte de mim que não é nada além de. Nada além se ser aluna, nada além de estagiária, nada além de namorada. Meu roteiro se fosse filme, antes da metade todos saberiam o final, sou tão normal.... tão normal, que poderia jurar que não sou eu. Minha loucura inerente, parece que espia pela borda, esperando eu me dar conta, que não dou conta de ser assim. Num copinho de tequila quero dançar como se não houvesse chão. Por que depois de dizer não, a todos que eu achei que me condenavam ou em que meu ombro choravam, eu meio que me perdi de mim. sem vocês meu Deus o que sou?

Eu, eu, eu.

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São tantos dedos em riste, tão pomposos e cheios de si. Alguns são piores não levantam os dedos, são apenas olhadas de canto de olho, desaprovadoras. Todos apontam certos do erro que veêm, mas se encontram um espelho, olham pra cima, desconversam. Eu nunca bradei, alias não vamos nos igualar naõ vamos nos encher de certezas então reformulo: Eu não me lembro de ter bradado para quem quisesse ouvir, que o meu jeito é o certo e que deve-se fazer assim. e nossos títulos nos impede de ser, mas que saco, mãe não pode ser puta, esposa não pode ser safada, adulta não pode ser infantil não se pode ter orgulho em demasia alias nenhum de preferência. Deixe os outros cometerem seus erros e entenda-os, conforte-os, se conforme e não se meta, mas não seja louca , não se atreva a surtar, a mandar ir à merda. Seja o ombro molhado de lagrimas alheias, mas não chore na frente de ninguem. Pare de birra, é assim que você tem que ser, não reclame. Se inflame, pode até inchar, estourar algumas veias, tenha ...

pelas Ventas

o ódio e o frio subiu-me pelas ventas... Tudo ardia e ela morria todo dia quando lembrava o que tinha concordado em fazer. doía por dentro, cada vez que via, queria correr para perto, ou para longe não sabia! Selando a distância que não existia, mas foi imposta. Sozinha, sozinha ela não sorria. Pensava em desistir, mas tinha dito que faria e estava fazendo...aos poucos na certa sumia do coração que já não morava. Estava PUTA da vida.