Menina ela, ela menina.


Era tão suave o modo como a menina sorria, sorriso de criança sabe? Mal podia ela acreditar que ali, no instante congelado de tempo, na imagem estava menina ela. Ela menina. Ela. Fechou os olhos para olhar para dentro e lembrar de tudo que já havia escutado e vivido. Um mundo com cores embaçadas esses das lembranças, exceto aquele sorriso, que agora brilhava a sua frente. Quase podia abraçar a si. Seria justo soprar-lhe no ouvido o futuro, afim de tentar poupar-lhe dores? Seria cruel constatar que inevitavelmente era ela e não tinha coragem de fazer diferente? Acariciou os seus cabelos, na menina. “deixa ela sorrir”
Irresistível foi a vontade de sentir que tinha acordado, mas não estava dormindo. Mesmo que quisesse arrancar discretamente as lembranças como se fossem roupas...estava nua, não havia mais nada a tirar.

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