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Mostrando postagens de outubro, 2017

Nona sinfonia - Ode a alegria.

Há uma ano atrás, aproximadamente, logo após os festejos de são joão, me libertei. Sedenta de vida, como quem foge ainda com os grilhões nos punhos e tornozelos, procurei um canto e continuei a me comportar como uma prisioneira. Aos poucos alguns encontros foram me conduzindo ao meu espaço de liberdade. Provei a luz do sol, provei o voo para o outro lado do oceano, provei o seu, e o teu beijo. Livre. Livre? os grilhões pesavam, limita o movimento, contaminavam ainda o ar, com o cheiro tão conhecido de ferrugem.  Eu mudei de forma algumas vezes, e um ano depois, após os festejos de são joão, levei meus grilhões para o alto de um morro, na chapada diamantina, era tão maravilhoso, que eu queria voar. Veja bem, voar, não mais pular. Apesar do peso no peito o desejo de morte tinha ido embora. Voltei para casa, não sei se a caminhada, o suor, ou a aflição infecionaram minhas correntes e me recolhi, me anestesiei, me escondi de novo...e foi definhando....inflamada...indo...indo.....