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Mostrando postagens de julho, 2014

Dois atos, vida.

Não foi tristeza, o que a acordou. Foi uma grandessíssima indiferença, um não-existir. Eis que sua alma, parecia correr em várias direções engatando conversas sem sentido. Um dia ela estava perdidamente apaixonada pela vida, no outro, queria simplesmente morrer. Mesmo no silêncio, a quietude não vinha. Infância. A Bicicleta era grande e rosa, com uma cestinha branca na frente, se quisesse levar alguma coisa. Um misto de medo e alegria, será que se machucaria se tirassem a rodinha de apoio? Sentada no chão de ladrilho vermelho, ela abraçava as pernas, olhava os donos dos cachorros passeando. Ora deitava, no chão ainda quente de sol de tarde e assim, que o sol começava a se esconder entre as folhas verdes que rodeavam o dique, Elas começavam a cantar. Ouvir cigarras era experimentar a paz de um mundo só seu, protegida. Adolescência. O vento bagunçava o cabelo, impregnando-o com cheiro de maresia. O mar sempre cumpria seu papel, quando ela estava melancólica. Ia e voltava ...

sombria.

Tudo que eu queria era a escuridão do dia frio, onde o sol só aparece ao meio dia. Não para despertar tarde, mas para que entre os lençóis frios, seu corpo quente, misturasse seu contorno com o meu. A cada pedacinho de lua que escurece, mais perto fica o dia da grande saudade.

HD de você.

Além da minha vida que ferve lá fora. Do tudo arrumado, trabalho, rotina, café e cortina. Eu parei para bater as fotos e gravar uns vídeos de nós dois. Eis que tudo fica armazenado no HD, até mais do que na vida. E olhei tudo, e ri. Ri do nosso primeiro momento, do frio "das conquistas". Foi divertido ver como eramos bobos, e continuamos bobos, cada um do seu lado, somos bobos da vida. O guarda sol laranja e o céu azul, combinam com seu sorriso. O fim, é que você prefere chuva e tem vergonha de sorrir.

esquetes passadas.

************************* A cova da raiva. Perco a paciência, O rastro,o tato que afaga. Fico cega de raiva... Irada,possessa, sem graça.  Explodo por dentro Com olhar escuro, Semeio silêncio.  Passada, lotada de desejo Sentir nos meus dedos, Esmigalhada a fala mansa ousada, Sem receio do flagra. Pesada, a fala cava e rega Com sangue no olho A semente da mágoa. Pois,segue calada. ********************************* Joana olha insistentemente a cozinha, um clima de amor frio impregna a sala. Tento escrever e escutar uma música ao mesmo tempo, impossível. A música é daquelas que tem que ser ouvida, devorada, sentida nos ossos e no coração. O vento na janela deixou de sussurrar e agora grita no silêncio da casa vazia. Marvin e Joana conversam no tapete, se embolam um tentando imobilizar o outro numa paz absurda, num conflito sem briga, sem raiva. Joana mais cedo achou a dobra do meu joelho um lugar confortável para dormir. Cochilamos juntas, coisa rara afinal. Hoje foi um dia d...