Como fluir?

Ainda tinha o mundo pela frente, provavelmente o teria durante toda a vida, só que de diferentes formas. A poucos anos atrás o mundo mergulhava num copinho de tequila e ficava alegre cheio de possibilidades nuas de responsabilidades. Hoje o mundo anda mais composto, ora de calça formal, ora de vestido solto. Eis o problema em ser doce, entre a gentileza e a meiguice, as vezes mora o enfadonho. Agressividade as vezes cai bem, sem violência, só a tensão ansiosa do que pode vir a ser bom. Adianta derrubar os muros, sentir a brisa do horizonte e construir novos muros? O que queremos sustentar afinal? O que queremos manter? E aonde? Do lado de fora? Do lado de dentro? Escalei meu muro e ao chegar lá em cima, me distraí com seu olhar, cai 'estrebuchada' no chão, esfolada de coração, do lado de dentro. Pensei em fugir, mas meu lar é aqui, preciso mesmo criar coragem e mandar pelos ares minhas fronteiras, entre quem quiser, eu hei de conhecer ou enfrentar.