Sonho.
Ela acabava de sair do banho, a pele arrepiada ao vento frio que entrava pelo vão aberto na janela – vou morrer de frio desse jeito – pela janela via uma festa, muita cerveja e um homem de olhos mel avermelhados, encarando-a. Sentiu um incomodo com aqueles olhos, afinal ela estava de toalha, mesmo que ele não pudesse ver, do jeito que encarava-a parecia que via-lhe a alma. Fechou a janela, vestiu a roupa, não estava atrasada como de costume. Passava seu perfume predileto para dias especiais, não que ela soubesse quando o dia ia ser especial, mas quando usava aquele perfume decidia fazer do dia um dia maravilhoso. Ela estava distraída quando o pequeno Lipe entrou. Até aquele momento ela nem sabia da existência da criança ainda mais que seu nome era Lipe. Virou-se admirada, ele era tão lindinho, olhos verdes curiosos olhando para ela. Devia ter uns três anos mas se portava como um homenzinho – olá, mocinho quem é você? – Muito prazer eu sou o Lipe – respondeu ele na voz infantil, ela abr...