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Mostrando postagens de maio, 2008

Série: Descrições Banais

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1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, *,0,#. Sem fio, vai de uma ponta a outra do mundo. Por ele me falam da vida, do cachorro, do enterro, da ultima festa. Por ele eu falo do sabor da pizza, de quando eu posso, de que não devo. É nele que minutos de transformam em horas, bônus e gastos. É junto a ele que talvez eu sempre espere resposta. É com ele que talvez eu anuncie que isso, ou aquilo mesmo. “É menino!” “infelizmente ele faleceu” “vem com refrigerante?” “boa tarde aqui é da operadora X. você já tem serviço de internet banda larga?” “chego amanhã, manda um beijo para todo mundo” “alô! Alô? Alô...”

Menina ela, ela menina.

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Era tão suave o modo como a menina sorria, sorriso de criança sabe? Mal podia ela acreditar que ali, no instante congelado de tempo, na imagem estava menina ela. Ela menina. Ela. Fechou os olhos para olhar para dentro e lembrar de tudo que já havia escutado e vivido. Um mundo com cores embaçadas esses das lembranças, exceto aquele sorriso, que agora brilhava a sua frente. Quase podia abraçar a si. Seria justo soprar-lhe no ouvido o futuro, afim de tentar poupar-lhe dores? Seria cruel constatar que inevitavelmente era ela e não tinha coragem de fazer diferente? Acariciou os seus cabelos, na menina. “deixa ela sorrir” Irresistível foi a vontade de sentir que tinha acordado, mas não estava dormindo. Mesmo que quisesse arrancar discretamente as lembranças como se fossem roupas...estava nua, não havia mais nada a tirar.

Dilação,detença, morosidade, delonga, demora...

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Queria ter saido pra caminhar hoje, ver pessoas. VER PESSOAS TODAS ELAS. Enxergar aquelas que nos são invisíveis no dia-a-dia. Passei a tarde assistindo filmes. Na minha vida morna a poesia vira água parada, foco de dengue. As vezes deitada olhando para o teto perdendo meu tempo de ler, sinto meus pés formigarem, podia jurar que queriam eles sozinhos que eu me levantasse, mas meu olhar anda desfocado,vazio, temo perceber minha perda de tempo tarde demais. Temo pisar nos mesmos buracos do caminho milhões de vezes percorrido. Erro? não, burrice mesmo, de quem se acostumou em não acreditar ou esquecer o formigamento nos pés. Escrevo pra ver se a morosidade passa.

Para se expressar

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Projeto no MAM: perdoem a qualidade das fotos,tiradas de um celular... http://www.mam.ba.gov.br/pintenomam/