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Mostrando postagens de abril, 2008

De repente acordo...

Num dia, eu acordo. Do latim accordare, no sentido de despertar no sentido de "entender-se". Primeiro deixe-me falar das multiplas sensações que envolve o acordar: Num primeiro instante o mundo sua frente desfoca e pareço olhar para algum lugar de fora para dentro, instante esse, muito rápido se segue de um olhar para o mundo de forma confusa, então finalmente as "cócegas no juizo", o que seria isso? Uma sensação de implosão em conflito com uma explosão dentro de si, que transforma-se numa euforia desmedida, subindo intensamente pelo esófago, estagnando na garganta. Uma força do próprio ser, consciente,que sabe, por mais intensa sua natureza, precisa sair de forma branda. É a convicta certeza de se estar na iminência de voar e continuar com os pés no chão. Accordare . Segunda parte ainda em processo.

Respirando...ui ui

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Sem de fato conhecer nenhuma teoria a fundo, para argumentar com os mestres, tem ainda em mim o que muitos perdem pelo caminho. A Vontade. A vontade do devir como diria Nietzsche. Neste ponto me perco! Devir em quê? Sendo devir verbo intransitivo que nada me pede depois me transformo em nada? Ou trans formar-se por si só é ser algo? Humana como sou, ao menos acho, a vontade só nada me vale. Quero, aspiro e anseio conhecimento profundo, culto, obscuro e oculto. Inspiro... Só isso? Quero chinelos palha com detalhes verde, não havaiana não, por favor. Suco de laranja sem gelo nem açúcar, laranja comprada por minha avó, na feira de são Joaquim, suco feito pela minha mãe, copo lavado por mim. Beijo na bochecha do meu irmão, sentar no chão encostada a parede para chupar cana. Cuscuz? Gosto não, mas me passa o beiju e a manteiga por gentileza... Expiro... obs: imagem obtida no site http://www.siffertart.com/L_elementais.html .

Não estou falando de Freud- falta de siso

"O caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver." [Sigmund Freud] em minha falta, agonia. meu movimento cheio de vazio... olho para o lado, ando para o outro, paro. penso, dois passos a frente, dúvida? me viro... decido achar que decidir ir decidindo decisões desconexas, redundância! PARE! sigo com os outros - PARA ONDE?- "vem comigo!" ao acaso, com descaso cochilo. e um dia desperdiço em palavras cheias de conceitos, sem nenhum sentido.

Ah.. a Natureza...

Um pé, outro pé, um pé, outro pé, segurava os chinelos nas mãos, as pedrinhas ora lisas, ora ásperas e os gravetos úmidos pressionavam a pele provocando uma sensação gostosa dos pés na terra fria. O ar era friozinho, tão frescos quanto às folhas salpicadas de orvalho. À frente os últimos vestígios de neblina intensa desapareciam, o verde de cor se transmutava em cheiro impregnaria aquela lembrança para sempre. Enfim na beira do lago, lentamente despia-se, um arrepio parecia espalhar a preguiça pelo corpo. Ficou na ponta dos pés olhando para si na superfície, num piscar displicente viu tudo que era ela, mergulhou. A água estava tão gelada que antes de começar a sentir frio, não sentiu nada. O silêncio do fundo do lago seduzia os ouvidos anulando a vontade de voltar a superfície. “ah se eu pudesse respirar em baixo d’água...” obs: faculdade toma tempo...."vixi"

vidArtevida

Os pontinhos de tinta na paleta estavam perigosamente ameaçando se misturar e a tela ainda refletia sua mente, estava em branco. As cores e formas dançavam diante de seus olhos de maneira tão rápida e diferente que sua mão não ousava tocar no pincel. Queria transformar sua ansiedade em arte.

Hum...

Enquanto ele dormia, ela delicadamente tocou seu tronco. A pele seca decalcava cada costela. Ao longo do corpo a pele faltava em feridas ressecadas, "enfeitadas" eventualmente por moscas. Sentiu repulsa e dor, sentiu no ar o definhamento de um irmão, ele atravessou o limiar da vida e agora só tinha forças para abrir os olhos procurando a morte. Ela acordou, agora a pouco em sonhos abraçava uma criança sem futuro morrendo de fome. Tomou banho pensativa, café, pão, ônibus, faculdade, dúvida, colegas, risos, coca-cola, ônibus, casa. Tentava lembrar do sonho importante que tinha tido para contar a mãe . . . Ah deixa para lá.

Existência

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Já não choro. Ainda não sei se isso é bom ou ruim. Pensava que não chorar ia esfriar meu coração, Mas não é bem assim. Aos poucos vou descobrindo que as vezes um sorriso suporta mais a dor Do que as lagrimas. Dos meu sonhos, desperto ouvindo o canto de passarinhos Passarinhos que em plena cidade cantam e nos lembram de outros tempos Onde a terra era coberta de verde.... Tempos que não presenciei...mas que posso sentir. Vozes ecoam sem sentido.... As vezes parecem choros perdidos tentando se entender... As vezes parecem risos desesperados...que tentam passar uma mensagem de socorro Pensei estar perdida, entre essas loucas vozes.... Mas descobrir que elas estão confusas demais, para tentar confundir alguém. Um passarinho que não sabem voar deixa de ser passarinho? Um ser humano que não sabe amar, o que é? Façam silencio! Apenas escutem... Não vê? O sol está mais brilhante... O céu mais azul... Meu riso mais alegre...por que? Com mil palavras tentei explicar...um sentimento cresce e explo...