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Ninfas da água.

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Um velho robusto canta num ritmo monótono anunciando o fim de tarde As mulheres da túnica amarela trazem a carne sangrenta nos ombros e pouco a pouco depositam-a na grande pedra, os homens preparam o fogo. A velha, a mãe e a menina estão vestidas de branco, pisam na carne tingindo a barra da saia de vermelho. Os pequeninos aguardam com mãos ansiosas e quietas o ultimo raio de sol se afogar no horizonte. Ouve-se apenas o canto do velho. "ooooooouoooooeeeeeeeoooooo" o sol se agofa por inteiro, o velho cala, começa as batidas ritmadas intensas. A menina cambaleia de tempos em tempos e é aparada pela mãe. A lua ilumina o altar onde a menina tenta se manter em pé, as mulheres começam a gritar. Lamentos, angústias, raivas e frustrações, gritam enquanto esmurram a carne. exaustas se calam compartilham o chá turvo da cumbuca e dançam. Tambores, tambores, tambores, dança, canto, grito, tambores... a mãe treme, ela sabe que não pode mais segurar a filha, finalmente ela cede e desfalece...